sexta-feira, 31 de maio de 2013

"A Liderança nas Organizações"


Liderança
 
Para começar, vamos ver algumas definições de liderança:
Liderar é a “capacidade de influenciar pessoas”.
“Liderança é você inspirar e influenciar o outro para ação. É influenciar pessoas com entusiasmo e trabalho para o bem comum”.
 A diferença entre poder e autoridade consiste em: “poder é força que funciona por um tempo, mas fica velho”;
 “Autoridade, ao contrário, é a habilidade em conseguir que as pessoas façam sua vontade por conta de sua influência pessoal”.
 
A Nova Liderança Nas Organizações
Quem está inserido no mercado de trabalho vive um cotidiano de constante instabilidade, tempos atrás era o início da globalização e os reflexos da revolução tecnológica, hoje é a crise da economia mundial. Tudo isto apimentando os desafios inerentes a qualquer organização como a concorrência, o crescente nível de exigência dos clientes e a busca de equilíbrio financeiro.
Para sobreviver a tantas adversidades, as empresas passaram a buscar diferenciais e muitas estão focando na gestão de pessoas, concentrando atenção especial no desenvolvimento de suas lideranças, devido ao poder de influência do líder e sua capacidade de impulsionar resultados no ambiente organizacional.
Como se sabe, cabe aos líderes a missão de atingir os resultados pretendidos pela organização através das pessoas. Assim, não há como fazer uma gestão de pessoas eficaz, sem eficácia na liderança, já que os líderes são os modelos sociais para os demais colaboradores.
Infelizmente existem muitas organizações que não se deram conta que a competência de seus líderes - ou falta dela - é capaz de alavancar ou detonar todas as demais competências organizacionais. A liderança tanto pode ser a mola propulsora quanto a âncora que puxa para baixo e faz uma equipe estagnar.
Os líderes são como uma bússola para todos os demais colaboradores, sua conduta e comportamento sempre servirão de parâmetro, portanto, devem apresentar uma postura coerente com os propósitos da organização e, acima de tudo, liderança é uma questão de caráter e atitude. Um líder sem caráter não obterá credibilidade junto às pessoas e sua falta de atitude não influenciará positivamente o comportamento das mesmas, enfim não será aceito como uma verdadeira liderança.
O líder legítimo possui algumas qualidades que o distinguem e fazem dele um bom exemplo, são elas: a honestidade, a confiabilidade, o compromisso com as pessoas, a capacidade de ouvir, o tratamento respeitoso, ele é positivo e entusiasmado e, principalmente, gosta de gente.
As pessoas comparam o que um líder diz ao que ele faz, havendo um distanciamento entre seu discurso e sua prática as pessoas deixarão de acreditar nele e daí em diante ele terá um grande esforço para recuperar a confiança de sua equipe. Não se consegue ser um verdadeiro líder só com palavras, mas sim com atitudes de liderança.

Nas organizações nos deparamos com gerentes que não são verdadeiros líderes e não podemos culpá-los totalmente, pois, muitas vezes foram colocados num papel de liderança sem o
desenvolvimento desta habilidade, ou seja, sem preparo para ocupar um cargo tão estratégico.
Existe uma diferença entre “ser” e “estar” líder. A liderança formal seria o “estar líder”, que é o caso do cargo imposto ao grupo e que exerce funções de direção e controle, como por exemplo, um chefe de departamento ou o gerente de uma fábrica. Este tipo de líder exerce um poder hierárquico sobre os seus subordinados e talvez não tenha as qualidades de um verdadeiro líder.
Já o “ser líder” é aquela liderança - formal ou informal - que é “aceita” pelo grupo, sendo o elemento central para onde convergem às comunicações, desempenhando um papel importante na orientação do grupo para a consecução de seus objetivos. Este tipo de líder exerce autoridade e influência sobre o grupo, seria a liderança desejada e necessária a todos os grupos.
A maioria das pessoas pensa na liderança como se fosse uma posição e, portanto, não se vêem como líderes, acreditam que a liderança é um dom e, portanto não há como nos “tornarmos” líderes se não nascemos dotados desta competência. Mas, como pode ser encontrado na literatura, liderança é uma “habilidade” e sendo assim pode ser desenvolvida.

A situação ideal seria aquela em que alguém tem o cargo e a atitude de liderança, pois se ele apenas tem o cargo não será visto como um líder e sim como um chefe. Não será alguém que as pessoas “desejam seguir” e sim alguém a quem elas “devem obedecer”.

Durante muito tempo as pessoas eram promovidas a um cargo gerencial por apresentarem um ótimo desempenho técnico, as
competências comportamentais eram pouco valorizadas, o que importava era o conhecimento a respeito do trabalho e não o relacionamento interpessoal. As empresas promoviam os seus melhores técnicos e não desenvolviam a sua habilidade de liderar e com isto acabam perdendo ótimos profissionais e ganhando gerentes medíocres e equipes desmotivadas.

Hoje liderar é basicamente relacionamento. É óbvio que o líder precisa ter competência técnica, mas, ele tem que concentrar seus esforços no
desenvolvimento de sua competência comportamental, pois seu dia a dia será repleto de administração de conflitos, negociação, busca de sinergia, enfim, necessidade de inter relação e comunicação constantes. Para isto, o líder terá que conquistar as pessoas e envolvê-las para que façam de coração o que precisa ser feito, da melhor maneira possível.

O líder que ama o que faz assume a responsabilidade pessoal pelo sucesso de sua equipe, ele sabe que impacta na vida das pessoas que o rodeiam e quer que todos sejam vitoriosos. Além disto, ele está sempre formando novos líderes, pois acredita que a liderança deve ser desenvolvida por todas as pessoas, já que em várias esferas de nossa vida podemos atuar como líderes.
 
 
Características de um líder
1. Respeitar e confiar em sua equipe: um bom líder deve sempre manter o respeito, ética e reconhecimento junto a sua equipe. Sua equipe é sua “cara”.
2. Saber ouvir e orientar: deve ouvir atentamente as sugestões e questionamentos de sua equipe para poder analisar as informações e transmitir de forma transparente as melhores orientações em busca dos resultados desejados não deixando dúvidas sobre os objetivos traçados.
3. Ter empatia: deve entender sua equipe, seus valores pessoais, dificuldades e trunfos existentes e contribuir para o crescimento de todos.
4. Ser motivado: deve ser resistente a frustração, saber persistir nos objetivos e ideais traçados.
5. Saber dar e receber feed back: um bom líder precisa ter discernimento ao dar feed back de forma a contribuir para o desenvolvimento de sua equipe e também deve ser tolerante e humilde para ouvir o feed back o qual poderá conter comentários que nem sempre são agradáveis, porém necessários para o próprio crescimento profissional.
6. Saber motivar a atingir os resultados: um bom gerente deve estar ciente que os objetivos muitas vezes são muito desafiadores e desta forma deve ter o dom da comunicação para motivar sua equipe e dar o exemplo em busca das metas.
7. Ser inovador: deve buscar constantemente novas formas de realizar as tarefas existentes para que permaneçam atrativas e proporcionem maior satisfação durante o trabalho de todos os envolvidos.
8. Ser flexível: um bom gerente precisa saber quando deve “apertar” e “soltar” o “nó”. Precisa ser respeitado e não temido. Deve saber lidar com a autoridade que possui , porém, mantendo seu respeito com a equipe. Deve persistir em suas opiniões e estratégias, mas ceder quando perceber que obteve contribuições positivas de seus liderados.
9. Ser um bom planejador e estrategista: deve planejar as ações do dia, semana e do mês. Identificar dificuldades encontradas por sua equipe, ações realizadas e alternativas para obter maior resultado em menor espaço de tempo e com maior qualidade.
10. Saber delegar: um bom líder precisa distribuir as tarefas de forma consistente e segura. Deve saber delegar e confiar em sua equipe e naqueles que assumiram as responsabilidades as quais ele delegou.
Adjetivos: admirado, criativo, ousado, comunicativo.
 
 Características de um chefe
  • Dá ordens e é durão
  •  
  • Centraliza o poder;
  • Leva sozinho o crédito pelos resultados;
  • Desmotiva a equipe;
  • Afunda seus liderados;
  • Lidera pelo poder coercitivo.
Adjetivos: temido, desmotivador, inseguro.
 
As empresas atuais não precisam mais da figura de um chefe, aquele que manda, leva o crédito pelos bons resultados e coloca a culpa em seus subordinados no caso de fracassos. O ideal é que tenham líderes que comandam as equipes com a ajuda de cada membro dela.
O autor James C. Hunter, do livro O Monge e o Executivo, nesta obra ressalta os princípios de liderança destacando alguns pontos culminantes sobre a mesma.
Como ele mesmo define, liderança é a habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir objetivos comuns, inspirando confiança por meio da força do caráter.
Segundo ele, liderança tem a ver com caráter, uma vez que, se trata de fazer a coisa certa. Ele define liderança como sendo o posto de gerência, dizendo que gerência é o que fazemos e Liderança é o que somos.
 
Principais erros cometidos por Gestores
 
 1. Pensar que seus funcionários não conseguem lidar com a verdade.
Quando os negócios não vão bem:
Falar abertamente sobre uma retração dos seus negócios pode ajudar as pessoas a sentirem que têm algum controle sobre a situação. O que aconteceu na última vez em que os negócios estiveram em baixa? Como a empresa superou os problemas? O que podemos aprender com aquela experiência e o que pode ser aplicado à situação atual?
Explore essas questões nas reuniões com os funcionários ou em sessões de brainstorming de menor porte. Além de fazer as pessoas se sentirem mais participativas, você provavelmente também obterá algumas ideias bastante úteis.
2. Culpar os gestores superiores.
Se você for um gestor de nível médio responsável por transmitir as más notícias, pode se sentir inclinado a dizer aos funcionários que teria feito as coisas de forma diferente, mas que a escolha não foi sua. Embora isso possa temporariamente livrá-lo de qualquer responsabilidade, essa atitude envia a mensagem de que você está fora de sintonia com os líderes da empresa, o que poderá ser desconcertante para seus funcionários. Ao invés disso, apresente as mudanças e os motivos por trás delas, incluindo o modo como ajudarão sua empresa a continuar encarando os desafios.
3. Achar que as pessoas têm sorte somente por terem um emprego.
Essa suposição baseia-se na crença de que, quando a economia vai mal as pessoas devem se sentir felizes por ter uma posição estável, mesmo se não for em uma ocupação ideal. Embora isso possa ser verdade em alguns casos, lembre-se: seus funcionários mais talentosos sempre têm opções. Bons profissionais encontram oportunidades no mercado em qualquer estado da economia, e você deseja certamente que os funcionários de melhor desempenho continuem a trabalhar com você no longo prazo.
4.  Não divulgar as contribuições da empresa.
Muitos funcionários não fazem ideia de quanto as empresas gastam com benefícios, como planos de saúde, odontológico e previdência. Divulgar o quanto a empresa investe pode ser particularmente importante para conscientizá-los de que quando o custo de vida está aumentando, os custos para se manter os benefícios também está aumentando. Assim, eles saberão que não estão carregando este fardo sozinhos.
5. Reduzir a autonomia e o trabalho de equipe.
Quando os indicadores econômicos começam a dar sinais de fraqueza, algumas empresas recorrem a uma abordagem de gestão autoritária na esperança de aumentar o controle e restaurar os lucros. Reduzir as colaborações dos funcionários e tomar suas próprias decisões poderá, porém, produzir efeitos negativos, especialmente entre os integrantes da Geração Y, que valorizam muito a autonomia e a capacidade de trabalhar com seus colegas.
6. Eliminar incentivos.
Cortar orçamentos não deveria significar o corte de prêmios. Incentivos de baixo custo, ou sem nenhum custo, podem ter um significativo impacto positivo. Seja criativo no modo como você reconhece o excelente desempenho de um funcionário.
Convites para uma exposição de arte, uma tarde de descanso, elogios durante uma reunião ou uma nota pessoal de muito obrigado pela superação de expectativas são formas muito baratas de demonstrar satisfação.
7. Presumir que todas as pessoas são iguais.
Lembre-se que nem todas as pessoas respondem aos mesmos incentivos. Reúna-se regularmente com seus funcionários para conversar sobre suas tarefas e sobre o que mais os motiva. O que gostariam de estar fazendo daqui a um ano? E daqui a cinco anos? Como você poderia tornar seus papéis na empresa mais gratificantes hoje? Elabore um plano para atingir essas metas em sua empresa. Mesmo que não possa assumir compromissos firmes nesse momento, poderá mostrar às pessoas que há uma visão de longo prazo para elas na empresa.
8. Pensar no curto prazo ao fazer cortes.
Se as condições exigirem eventualmente que você demita algumas pessoas, espere até que possa avaliar com maior precisão o quadro mais amplo, e então faça as demissões de uma única vez. Fazer cortes da forma mais profunda que puder na primeira oportunidade minimizará a perda de estímulo associada à espera contínua por futuros cortes por parte dos seus funcionários.
9. Ignorar os maiores propósitos. O que motiva você e sua equipe a ir para ao trabalho todos os dias? Provavelmente não é pensar na quantidade de lucro que poderão proporcionar à empresa. Pense no quadro mais amplo: sua empresa fornece produtos ou serviços que tornam a vida ou o trabalho de seus clientes ou consumidores mais fáceis, mais seguros ou mais agradáveis? Sua empresa está envolvida em esforços filantrópicos? Conheça quais são os maiores propósitos da sua empresa e certifique-se de que sua equipe também os conheça.
10. Mania de fazer reuniões.
Em uma pesquisa feita por uma empresa de renome, 27% dos entrevistados disseram que as reuniões são sua maior fonte de desperdício de tempo no trabalho. Reavalie todas as suas reuniões, e pense duas vezes antes de programar aquela próxima reunião na segunda-feira.
11. Reduzir o treinamento.
Seja cuidadoso ao cortar o orçamento para o desenvolvimento dos seus funcionários, pois aprimorar qualificações poderá valer a pena no curto e no longo prazo. Porém, realmente certifique-se que os treinamentos patrocinados pela empresa sejam eficazes e tenham uma boa relação custo-benefício. Avalie ferramentas de e-learning e incentive treinamentos e seminários baseados na internet.
Se os funcionários comparecerem a um seminário ou conferência, faça com que compartilhem seus conhecimentos com o resto do grupo.
12. Transformar o trabalho em uma ‘missão impossível’.
As demissões e os cortes no orçamento podem significar que uma pessoa realizará as
tarefas de duas, ou mesmo de três pessoas. Se este for o caso, decida quais deveres são críticos para a missão, e foque seus esforços nestas atividades. Delegue as demais tarefas, contratando profissionais temporários se necessário, ou adie a execução de algumas tarefas.
Isso lhe ajudará a evitar que sobrecarregue seus funcionários ou os coloque a caminho do fracasso.
13. Confundir estar muito ocupado com ser produtivo.
Não baseie o reconhecimento de seus funcionários no fato de alguém estar conectado o maior número de horas ou fornecer as atualizações de projetos da forma mais detalhada. Ao invés disso, recompense as pessoas com base nos resultados que obtêm com relação aos objetivos da empresa e o progresso que alcançam nessa direção.
14. Provocar um clima de medo.
Faça com que os funcionários se sintam seguros para pedir ajuda com os projetos. Freqüentemente, os membros mais confiáveis de sua equipe serão aqueles mais sobrecarregados e menos dispostos a falar sobre isso. Você talvez não goste da ideia de
se intrometer para remediar a situação, mas isso é melhor do que a outra alternativa: perder um prazo final ou perder um bom funcionário devido ao estresse.
15. Reprimir o pensamento crítico.
Recompense aqueles que levantem dúvidas e ofereçam soluções factíveis, e certifique-se também de dar suas opiniões para seu próprio superior.
Se o trabalho de um funcionário não parece estar muito inspirado, tente mudar a carga de trabalho dele ou solicitar ajuda externa para que ele possa ter mais tempo para desenvolver novas ideias.
16. Fechar-se para ‘novas ideias’.
 Se as sugestões forem rejeitadas sem nenhuma real discussão, seus funcionários deixarão de apresentá-las. Incentive-os a expressá-las com conceitos inovadores. Se não puder implementar tais conceitos, explique o porquê e comunique a eles que valoriza suas ideias. Também, certifique-se de solicitar sugestões de pessoas de todos os níveis da empresa. Frequentemente, as melhores ideias vêm justamente daqueles que estão na frente do cliente.
 17. Deixar seus funcionários de mãos atadas.
Fortaleça a sua equipe para que tomem decisões que garantam experiências positivas para clientes e consumidores. Eles serão capazes de solucionar prontamente os problemas, e você gastará menos tempo lidando com questões relativas ao funcionamento do seu negócio. Forneça orientação sobre como solucionar dilemas, e analise as decisões dos seus funcionários, informado-lhes sobre o que fizeram corretamente e o que poderia ter sido melhor.
 
 
Liderança Transformadora
 
Os líderes dos novos tempos deixam de ocupar o papel de “mecânicos” da organização mecanicista e passam a ser os “jardineiros” na empresa vista como um sistema vivo, abordando a gestão de pessoas como se estivessem cultivando um jardim, acreditando que as pessoas são sementes e têm o potencial para crescer.
A nova e boa liderança, se respalda na capacidade para entender, responder e antecipar mudanças, ouvir e respeitar as idéias das pessoas, estimular a criatividade e o conhecimento, a conciliação de pontos concorrentes, delegar, comunicar, exercendo o diálogo, aplicando princípios holísticos e democráticos.
Sendo assim, mais do que procurar desenvolver seus líderes formais, as organizações devem oportunizar a todos os seus colaboradores o desenvolvimento da habilidade de liderar, pois, todos poderão contribuir para melhores resultados a partir da percepção de que cada um pode ser líder de si próprio, estando a serviço do bem comum. Esse tipo de liderança transformadora, que permeará todo o ambiente organizacional certamente será o maior diferencial competitivo para qualquer organização.
 
Seja um verdadeiro Líder!
 
Bibliografia:
Artigos para pesquisa: http://www.rhportal.com.br/

 
 

 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Seleção por Competëncias: o que é?




  A definição de Competência está baseada numa tríade conhecida como CHA, que são os conhecimentos, as habilidades e as atitudes que uma pessoa possui. O conhecimento tem relação com a formação acadêmica, o é conhecimento teórico. A habilidade está ligada ao prático, a vivência e ao domínio do conhecimento. Já a Atitude representa as emoções, os valores e sentimentos das pessoas, isto é, o comportamento humano.
O professor e escritor Joel Dutra e outros (1998) tratam a competência como a capacidade de uma pessoa gerar resultados de acordo com os objetivos organizacionais, isto é, pelos resultados e desempenho obtidos através do conjunto de qualidades que lhe é inerente.
Existem diversos modelos eficientes de Gestão que podem ser aplicados às variadas áreas do conhecimento. Mas quando se fala de Gestão de Pessoas o “leque de opções” de modelos eficientes se restringe. Gerenciar pessoas não é uma tarefa trivial.
Com o passar dos anos, as empresas estão entendendo que somente a avaliação técnica de uma pessoa, baseado nos conhecimentos e habilidades que possuí, não é suficiente para dizer se ela será um profissional que atende a todas as exigências de um determinado cargo. Notou-se a importância de se conhecer o Perfil Comportamental, isto é, as atitudes, completando o CHA.
Da necessidade de se gerir esse CHA, foram desenvolvidos metodologias, isto é, ferramentas capazes de fazer a Gestão de Pessoas com foco em Competências. Esse conjunto de ferramentas capazes de promover o contínuo aperfeiçoamento dos Conhecimentos, Habilidades e Atitudes de cada colaborador das empresas é chamado de Gestão por Competências.
Os subsistemas da Gestão por Competências são: Mapeamento do Perfil de Competências Organizacionais, Mapeamento e Mensuração por Competências de Cargos e Funções, Seleção por Competências, Avaliação por Competências, Plano de Desenvolvimento por Competências, Avaliação de Eficácia das Competências a serem desenvolvidas e Remuneração por Competências.

As competências organizacionais são definidas como o atributo que confere vantagem competitiva à organização e lhe permite atingir os objetivos estratégicos, gerando valor distintivo percebido pelos clientes (Prahalad & Hamel, 1990). Já as competências profissionais, individuais ou humanas são aquelas inerentes aos indivíduos ou às equipes de trabalho.

 Seleção por Competência - O que é?

 
Todos temos características individuais que compõem um perfil de comportamento específico, com algumas competências desenvolvidas e outras não. As próprias atividades que realizamos no nosso dia a dia estimulam algumas de nossas competências. E algumas destas nossas características podem estar compatíveis ou não com o cargo que exercemos ou estamos pleiteando.
A seleção por competência vai colocar a pessoa certa no lugar certo. O RH faz a avaliação por competência, e avaliação técnica é feita por quem tem o conhecimento técnico, normalmente o responsável pelo setor requisitante. É importante que haja essa integração.
 Isso quer dizer que, além das competências técnicas exigidas pelo cargo que implicam conhecimentos e habilidades para cumprimento de determinadas funções, os recrutadores passaram a avaliar também as competências comportamentais, ou seja, as atitudes e os comportamentos conjuminados com as atribuições do cargo. Iniciativa, criatividade, dinamismo, trabalho em equipe, foco em resultados, são alguns exemplos de competências comportamentais.

O grande diferencial da Seleção por Competências em relação aos demais métodos de seleção é uma maior objetividade e foco. Ela faz uso de fatos e evidências e não trabalha com suposições nem interpretações, os famosos “achômetros”. Atualmente, grande parte das organizações ao contratar novos funcionários não tem conhecimento do perfil de competências necessárias para o cargo em aberto, o que acaba muitas vezes acarretando em uma má contratação.

O primeiro passo a ser seguido no processo de seleção por competências é o chamado “Mapeamento de Competências”, ou em outras palavras, “Perfil de Competências” do cargo.


Com o perfil já estruturado é possível elaborar uma entrevista comportamental e avaliar dinâmicas e jogos focados em competências. A entrevista comportamental é uma abordagem totalmente diferente dos métodos de entrevistas usuais, são feitas perguntas abertas com foco nas vivências do profissional em situações específicas ocorridas na sua função.

Não interessa saber como o candidato resolveria, solucionaria, administraria nenhuma situação. Perguntas tais como:

 ·     “Me fale sobre você”

·     “Fale três características suas positivas e três negativas”

·     “O que gostaria de fazer daqui a dois anos, cinco anos, dez anos”

·     “Como você agiria se fosse seu líder?”

·     “O que você faria se tivesse uma incompatibilidade com seu subordinado?”
 
Grande parte dos candidatos já vai para as entrevistas com respostas prontas para este tipo de pergunta, e quando encontra um profissional de seleção que se utiliza de “Perguntas Comportamentais com foco em Competências”, muda toda a dinâmica da entrevista e este profissional tem oportunidades muito maiores de conhecer mais profundamente o comportamento do candidato.

Através da entrevista estruturada, o candidato tem mais liberdade e tranqüilidade para responder as questões, facilitando o trabalho do recrutador que tem a oportunidade de conhecer de maneira mais profunda o comportamento e as atitudes do candidato. Os Jogos com foco em Competências são criados ou escolhidos criteriosamente para observar a presença ou ausência de Competências do PC, no comportamento presente do candidato.

No jogo as pessoas reproduzem comportamentos do dia-a-dia, até mesmo sem perceber. Por isso é uma poderosa e preciosa ferramenta de observação de comportamentos no processo de Seleção de Pessoal. É claro que deve ser usada seguindo critérios rigorosos, sem os quais perderia sua eficácia.

Geralmente são propostas atividades em grupo que permitem ao observador avaliar características como o relacionamento interpessoal, a liderança, a negociação, a criatividade, a agilidade, entre outras.


Algumas vantagens da Seleção por Competências:

 ·     Seleção feita com mais foco, mais objetividade e por um processo sistemático

·     Maior facilidade para prever o desempenho futuro

·     Maior garantia de uma contratação de sucesso

·     Boa adequação do profissional à empresa e à atividade a ser desempenhada

·     Turnover mais baixo e melhora na produtividade

·     Evita prejuízos com reabertura de processos seletivos e com funcionários ineficientes.

·     Diminui a influência de opiniões, sentimentos ou preconceitos dos selecionadores.

·     O candidato tende a não mentir, pois deve citar um fato que realmente ocorreu.

·     Fornece dados concretos sobre desempenho do candidato, facilitando o feedback para o candidato.

·     Fortalece a parceria entre área requisitante e área de Seleção

·     A área de Seleção ganha maior credibilidade junto aos seus clientes requisitantes

·     A área de Seleção faz um marketing positivo da empresa junto aos candidatos, passando uma imagem de profissionalismo, ética e respeito pelo ser humano.

 O processo de Seleção por competências traz inúmeros benefícios para a organização, além da redução de tempo e despesas, garante a empresa uma maior segurança e probabilidade de uma contratação bem sucedida.

 Bibliografia:

Gestão por Competências – Maria Odete Rabaglio

Seleção por Competências – Maria Odete Rabaglio

 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Recrutamento & Seleção



Recrutamento e Seleção
 
Recrutamento
É um processo de atração seletiva de candidatos a emprego. Pode ser feito interna ou externamente. É um processo, pois é realizado em etapas.

·         Escolha da fonte de recrutamento

·         Escolha da técnica

·         Aplicação das técnicas

·         Avaliação do resultado do recrutamento

O setor requisitante envia ao RH uma ficha de solicitação de pessoal com as informações da vaga e o perfil do candidato. O RH define o tipo de Recrutamento (interno, externo ou misto) e as fontes de recrutamento.
Vantagens e Desvantagens:

Recrutamento Interno - divulgação da vaga dentro da empresa, através de murais, intranet, jornais...

  • É mais econômico e mais rápido, mas exige que os funcionários estejam aptos e disponíveis. Limitam a renovação do quadro de pessoal e desfalca temporariamente a área que cedeu o profissional.

Recrutamento Externo – divulgação da vaga fora da empresa, banco de dados, agencias de emprego, sindicatos, outras empresas...

  • Traz para a empresa conhecimentos e experiências de outras empresas e do mercado, mas desmotiva os funcionários, pois estes não sentem perspectivas de ascensão. Tem maior custo e é mais demorado.

Recrutamento Misto – ascensão de cargo ou transferência – quando um funcionário é promovido ou transferido de setor ou cargo  para ocupar uma vaga de maior importância e complexidade e é recrutada externamente outra pessoa para aquele cargo que ele ocupava antes.

Seleção de Pessoal
É o processo de escolha dentre os candidatos recrutados. Trata-se da escolha da pessoa certa para o lugar certo. Deve-se recrutar de 3 a 5 candidatos para a seleção de um profissional de cada vaga em aberto.

Etapas do Processo de Seleção:

  • Solicitação de Pessoal
  • Análise da Ficha de solicitação de emprego
  • Entrevista Inicial
  • Aplicação de testes (de conhecimentos e/ou Psicológicos) e dinâmicas de grupo
  • Referëncias
  • Entrevista final ou técnica (com o responsável do setor requisitante)
1 - Recrutamento: Necessidade de Mão de obra, divulgação da vaga, triagem inicial

2 - Seleção: Entrevista inicial, aplicação de testes, dinâmicas de grupo, seleção técnica, solicitação de documentos, exame médico, admissão.

Análise curricular:

Verificar se o currículo tem as informações necessárias do perfil do candidato e para contato.

  • Informações pessoais fundamentais: Nome, endereço, telefone, e-mail, sexo, data de nascimento.
  • Objetivo: onde o candidato deseja ou está apto a trabalhar.
  • Formação acadêmica
  • Cursos profissionalizantes
  • Experiência Profissional

Obs. Essa análise é feita de acordo com a vaga oferecida.

A separação dos currículos pode ser:

1 – Por área Profissional

Ex. Administrativa, Financeira, Comercial, Produção...

2 – Por Cargos

Ex. Área Financeira: Gerente Financeiro, Assistente Financeiro, Analista de Crédito, Analista de cobrança...

 Para a realização de um bom Recrutamento e Seleção é necessário fazer uma análise de Cargos. Baseados na análise dos cargos, podemos traçar o perfil dos candidatos a serem procurados.

Análise de cargos é o estudo das atribuições e responsabilidades dos cargos. A especificação do cargo contempla as condições exigidas do ocupante com relação à escolaridade, experiência, iniciativa, habilidades.